O
resultado do plebiscito realizado no domingo mostrou um estado com a população
dividida. Belém e cidades próximas, contrários à divisão e Sudeste (Carajás) e
Oeste (Tapajós) do Pará majoritariamente favoráveis à criação das novas
unidades federativas. Em cada uma das três regiões, o voto em defesa da sua
posição majoritária moveu algo em torno de 90% dos votantes.
O grande número de votos
pela divisão nas duas regiões que reclamavam a emancipação decorre do fato,
antes de tudo, de a população sentir na pele a ausência das políticas públicas.
Em resumo, a configuração da estrutura da propriedade agrária ou mineradora,
está aceleradamente saqueando nossos recursos humanos (o trabalhador) e
naturais. Para mudarmos isso, torna-se urgente não apenas se opor aos governos
de plantão, mas lutar pela divisão da riqueza. Isso pressupõe, entre outros,
reforma agrária, impedimento da construção de novos grandes projetos como a
hidrelétrica de Belo Monte, a reestatização da Vale e a estatização das demais
grandes mineradoras e empresas do agronegócio. Podemos conseguir isso?
Sim, mas com um governo verdadeiramente dos trabalhadores, um passo primeiro e
necessário para a constituição de uma sociedade sem exploração e onde a relação
entre homem e natureza não ocorra permeada pela busca do lucro.
Esperamos que após este resultado, do
plebiscito, desta vez venha de fato acontecer as fiscalizações, uma vez
que unanimemente, ou a maior parte da
população, principalmente aqui em nossa região, reconheceu que o caso a ser
resolvido não seria de divisão e sim de gestão.
Caso contrario, isto é, o Pará
continue com os mesmos problemas no que diz respeito a gestão, uma vez que a
população senti na pele a ausência das políticas públicas: hospitais públicos,
educação, saneamento, estradas, entre outras. Sendo, assim, o resultado torna-se-a
insignificante para o Pará.
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Nossa Senhora das Vitórias te cubra de Bênçãos