quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O Plebiscito


O resultado do plebiscito realizado no domingo mostrou um estado com a população dividida. Belém e cidades próximas, contrários à divisão e Sudeste (Carajás) e Oeste (Tapajós) do Pará majoritariamente favoráveis à criação das novas unidades federativas. Em cada uma das três regiões, o voto em defesa da sua posição majoritária moveu algo em torno de 90% dos votantes.
 O grande número de votos pela divisão nas duas regiões que reclamavam a emancipação decorre do fato, antes de tudo, de a população sentir na pele a ausência das políticas públicas. Em resumo, a configuração da estrutura da propriedade agrária ou mineradora, está aceleradamente saqueando nossos recursos humanos (o trabalhador) e naturais. Para mudarmos isso, torna-se urgente não apenas se opor aos governos de plantão, mas lutar pela divisão da riqueza. Isso pressupõe, entre outros, reforma agrária, impedimento da construção de novos grandes projetos como a hidrelétrica de Belo Monte, a reestatização da Vale e a estatização das demais grandes mineradoras e empresas do agronegócio.  Podemos conseguir isso? Sim, mas com um governo verdadeiramente dos trabalhadores, um passo primeiro e necessário para a constituição de uma sociedade sem exploração e onde a relação entre homem e natureza não ocorra permeada pela busca do lucro.
 Esperamos que após este resultado, do plebiscito, desta vez venha de fato acontecer as fiscalizações, uma vez que  unanimemente, ou a maior parte da população, principalmente aqui em nossa região, reconheceu que o caso a ser resolvido não seria de divisão e sim de gestão.  Caso contrario,  isto é, o Pará continue com os mesmos problemas no que diz respeito a gestão, uma vez que a população senti na pele a ausência das políticas públicas: hospitais públicos, educação, saneamento, estradas, entre outras. Sendo, assim, o resultado torna-se-a insignificante para o Pará.

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