Mensagem do Pároco


Da páscoa judaica a Páscoa Cristã
Amados fiéis refletirei convosco este mês de abril sobre a páscoa, que para nós católicos tem um sentido profundo de vivenciarmos por meio de belas celebrações a vida nova que recebemos de Cristo por meio de sua páscoa. Não é apenas uma lembrança, pois, no hebraico recordar= fazer memória, Zikaron que é torna sempre presente um acontecimento.
No antigo testamento, Moisés guiado por Deus, tornou-se chefe do povo que vivia oprimido sob o jugo do Egito, adversários do povo eleito, sob o comando do Faraó que usava do poder terreno para contradizer os planos divinos. Deus manifesta seu poder através de Moisés. Daí surge a instituição da celebração da Páscoa dos judeus, que significa libertação do Egito passando pelo mar vermelho. Daí em diante o povo terá que viver no temor de Deus e reconhecer o seu grande benefício: “Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra do Senhor: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua” (Ex 12, 14)
Já a instituição da Páscoa Cristã encontra sentido na imolação de Cristo. Enquanto na primeira festa de Páscoa Deus liberta o povo da escravidão e proclama a sua aliança com o povo de Israel, na segunda, o próprio Deus se torna o Cordeiro Imolado para libertar o povo do jugo do pecado. “Purificai-vos do velho fermento, para que seja massa nova, porque sois pães àzimos, porquanto Cristo, nossa Páscoa foi Imolado” (I Cor 5,7).
Recordemos que Jesus veio ao mundo em cumprimento das Escrituras e por seu designo foi crucificado justamente no dia da preparação da festa da Páscoa, para que, a partir de sua paixão, Morte e Ressurreição fossem instituídas a Nova Aliança. Para que fosse instituída a grande e solene Páscoa, como num reflexo pleno da primeira festa da Páscoa.
Como a festa da Páscoa Judaica coincide exatamente com dia da Imolação de Cristo, estabeleceu-se já naquele momento, por designo de Deu, o dia 14 de Nisã, que quer dizer calendário judaico, como data de referência à comemoração da Páscoa Cristã. (Encontro da Primeira com a segunda Aliança). Sendo assim, a páscoa Cristã ficou fixada como o 1º no Domingo após a comemoração da Páscoa dos Judeus.
Que nesta Páscoa o Senhor Jesus vos abençoe para terdes uma profunda experiência com Ele por meio de todas as celebrações que realizaremos.


Pe. Pedro Aragão
                                                                                                                                          Pároco              
       




O Altar é a mesa Sagrada, onde o céu se une a terra, para nos conceder a maior graça, Cristo Jesus!



O que é ser missionário?


Missionário é aquele que anuncia o Evangelho, fazendo suas as palavras e o testemunho de Jesus Cristo; mas é também aquele que, mesmo sem anúncio explícito,  encarna e vive cada uma dessas palavras, transformando-as em gestos concretos de solidariedade.
Missionário é aquele que está disposto a sair, lançar-se em terras estranhas e inóspitas, abrir veredas novas no deserto ou na selva; mas é também aquele que se dispõe a ficar, convertendo-se em presença viva e atuante em cada dor humana e em cada porão de sofrimento.
Missionário é aquele que, por seus feitos e dedicação, ganha imagens impressas e coloridas, fixadas em profusão nas paredes de templos e casas; mas é também aquele que, desconhecido e silencioso, oferece no altar do anonimato sua vida e suas forças.
Missionário é aquele cuja voz e ação entusiasma e congrega ao seu redor multidões; mas é também aquele que, caso a caso, faz-se o companheiro mudo de cada solidão, o refúgio e bálsamo para o abandono e a exclusão.
Missionário é aquele cuja face divino-humana espelha os traços de um Deus pai e mãe, cheio de amor, misericórdia e compaixão; mas é também aquele em cujo rosto humano-divino; imprimem-se as angústias e esperanças dos pobres.
Missionário é aquele que sobe à montanha, onde reza e se deixa interpelar pela presença do Pai; mas é também aquele que desce à rua e aos campos e, no contato vivo com mulheres e homens desfigurados, questiona e almeja por uma sociedade justa e solidária.



Pe. Pedro Aragão
                                                                                                                                          Pároco     


Festividade 2011

Amados paroquianos
A humanidade precisa de mulheres e homens que louvem a Deus e o seu louvor seja de total adesão ao Senhor. Deus, de toda a eternidade, chamou o homem para o Seu louvor e para santidade; essa é a nossa vocação, o nosso chamado. Infelizmente, o ser humano muito tem se afastado da glória de Deus; mas Deus, como é fidelidade, sempre permanece fiel ao nosso lado. A pessoa, que é chamada por Deus para o louvor, deve escolher a melhor parte. Qual é parte que você tem escolhido? Qual é o centro da sua opção? Isso toca na base da nossa história, muitas escolhas são feitas para a superficialidade.
Só pode amar quem realmente faz uma experiência com Deus. Quem está preso canta um "canto velho", mas o "homem novo" canta com sua vida um "canto novo", em toda e qualquer circunstância.  Pois fomos criados para o louvor da glória de Deus.
Como viver tudo isso? Precisamos de um modelo e a Virgem Maria é o nosso modelo. Mergulhemos na vida de Maria para entendermos como se manifesta esse louvor. A Virgem Maria é modelo porque ela deixar sua alma ser transparente diante de Deus; aquele que quer viver o louvor da glória de Deus precisa ser uma pessoa transparente. Maria é modelo do anúncio profético da Igreja e para a Igreja. Ë a mãe de todos os que CREEM. É por isso que "Magnificat", cantado por ela, expressa tudo isso. O "Magnificat" é o verdadeiro kairós, um tempo de graça instaurado na história da humanidade.
Para onde se volta o olhar de Maria? Totalmente para Deus. Pois aquela, que acreditou, está com o olhar totalmente voltado para o Todo-poderoso. Se seu olhar está perdido é preciso colocá-lo sob o olhar d'Aquele que é o Absoluto, o Senhor; Ele recolhe sua alma e a lança no infinito, que é Ele. Manifestação  tão profunda que tudo silencia, por isso, para ser louvor, é preciso fazer a experiência do silêncio que nos cala. Maria é modelo de louvor porque está toda voltada para Deus.
Permita que nesta Festividade o Senhor o olhe com amor. E se sinta como Maria se sentiu olhada e alcançada pelo amor de Deus, essa é a experiência do autêntico louvor. O belo louvor brota dessa experiência.  O coração orante, faz entoarmos um autentico. Se o seu olhar hoje não está voltado para Deus é tempo de voltá-lo para o Senhor. Sejamos homens e mulheres voltados para Deus         
                                                                                                                                 
       Pe. Pedro Aragão
                                                                                                                                          Pároco